Tuesday, March 20, 2007

Para que cenas chocantes como essas não se repitam:

Preservem os coalas! Uma campanha WWF.

Anástasis




Rushmore

High School




Marvin Martian


















Wednesday, March 07, 2007


O homem perfeito

Um homem em casa vale por dois na rua. (Mae West)




O homem perfeito - para qualquer mulher - é o que a ama constantemente e trepa com ela freqüentemente, apaixonadamente, e bem: que a adora e admira; é ao mesmo tempo confiável e excitante; um Adônis terreno e uma figura divina de pai; um filho bonito, um papai firme; um Baco amante de olhar selvagem, um amigo tranqüilo, sóbrio e ainda assim divertido.

Podem se encontrar todos esses atributos num só homem Definitivamente não! E se isso acontecer, eles agüentarão todas as várias mudanças da sua vida? Definitivamente não!

Frente a esse problema, o que a mulher deve fazer? Ter dois ou três homens, simultaneamente, poderia resolver o problema - se isso não criasse muitos aborrecimentos logísticos. O que acontece se, por exemplo, o amante número um e o amante número dois decidirem chegar no mesmo trem para o mesmo fim de semana? Como fazer nos batizados e no
Natal? Ou no Hannukkah (oito dias de férias em dezembro), por falar nisso? Uma solução parcial para este problema é ter um amante protestante e um judeu - com talvez um zen-budista ou um ateu de quebra, para dar uma boa mistura; assim, pode-se organizar os feriados de modo que não se encontrem. Mas então você também, vacila. Porque o problema é que ninguém pode passar cem por cento de seu tempo trepando, planejando trepar, administrando demonstrações de afeto a uma variedade de homens com uma variedade de necessidades. E que mulher de valor quer se
envolver com um homem para cujas necessidades ela não dá a mínima?

Um amigo divorciado me disse, recentemente: "Quando eu estava casado, passava talvez vinte por cento do meu tempo trepando. Agora que estou divorciado, passo oitenta e cinco a noventa por cento do meu tempo trepando." Aqui está o problema em sua essência: trocar um homem perfeito por dois, três ou quatro candidatos ligeiramente imperfeitos, é muita perda de tempo e muito cansativo. Aderimos, finalmente , à monogamia não por moralidade, mas por exaustão. Um candidato sobressai aos outros, e nos rendemos aos carinhos do (suposto) homem perfeito.

Esta solução tem a seu favor, conveniência, honestidade, simplicidade e estabilidade. Mas, tem realmente estabilidade? As estatísticas sobre o divórcio mostram que a nossa monogamia tende a ser em série; que cedo ou tarde ambos os cônjuges estarão separados; que a maioria dos nossos filhos, nascidos hoje, pode esperar ser criada, muito em breve, em famílias com um só cônjuge (ou se tornar enteado de outra pessoa). O velho sistema europeu – se se pode chamar assim – de casamento estável acompanhado de uma série de ligações ligeiramente estáveis começa a parecer cada vez melhor, quando consideramos a ruína de nossas vidas e a de nossos filhos sob o nosso atual sistema estável de monogamia em série.

Um jovem sedutor, certa vez, me disse: “Case quantas vezes quiser, mas me prometa que serei seu único amante.” Ele estava parafraseando Oscar Wilde, mas esse pedido ansioso comportava uma verdadeira aspiração: a aspiração a alguma estabilidade num mundo instável. Se o casamento não proporciona mais isso, então, talvez, nossos casos de amor o façam. Guardo a fantasia de casar, casar, e casar, tendo o mesmo amante durante todos os casamentos. Mas é uma fantasia. Não sou jovem o bastante, tola o bastante, nem ilesa pelo divórcio o bastante para querer suportar os danos psicológicos do divórcio ainda uma vez. Isso me deixa, como a todo mundo, à procura do Santo Graal do homem perfeito – onde quer que esteja e quem quer que possa ser.

Sabendo muito bem que a vida é tão surpreendente, rica e estranha para que o amor chegue na forma de um modelo pré-arranjado, previsível, pré-fabricado, eu, no entanto, sinto a tentação de apresentar uma espécie de modelo do homem perfeito.

Muito bem. Ele é bonito – mas não sem algo de imperfeição escabrosa nas feições: um nariz que certa vez foi quebrado ou dentes ligeiramente tortos. Ele é tremendamente inteligente, mas nunca pedante; sua inteligência é permeada de humor. O mais importante de tudo, de fato, é o seu senso de humor. Ele consegue rir na cama. E embora seja infatigável na cama, não é obsessivo por sexo. Não pensa nisso como um desempenho, e não se repreende se não tem uma ereção constante, nem espera que a mulher o repreenda. Ele é tranqüilo em relação ao sexo; tem uma visão divertida dele; é apaixonado sem ser priápico.

Essas qualidades são muito raras num mundo onde o desempenho sexual tornou-se tão obrigatório quanto o foi a abstinência sexual – ou a pretensão a isso – em certa época. O pior produto da tão famosa revolução sexual é a substituição do desempenho pela paixão. Para muitos homens, o sexo tornou-se mais outra área de deplorável competição. Um jovem de vinte e quatro anos – filho de uma escritora minha amiga – confessou-me que, entre os dezesseis e vinte e um anos de idade, ele nunca se “permitiu” ter um orgasmo com uma mulher, porque estava sempre preocupado em satisfazer suas parceiras. “Aqui estão todas essas mulheres, como você e minha mãe, escrevendo todos esses livros e artigos sobre como os homens eram insensíveis às necessidades das mulheres. Então imaginei que o mais importante era fazer com que as meninas tivessem tantos orgasmos quanto possível. Eu me controlava tanto que não conseguia ejacular. Agora eu digo ‘dane-se’. Vamos trazer de volta a imagem viril de John Wayne, quando o homem podia ejacular prematuramente e nem ligava.”

O que este jovem não levava em conta, na suposta nostalgia da imagem de John Wayne, é que nenhum homem da geração de John Wayne podia, numa festa (na casa da sua mãe), ter uma conversa tão íntima com uma amiga da mãe dele. Algo mudou para sempre nos homens como resultado da revolução sexual e dos movimentos femininos, e esta mudança pode ser resumida como uma franqueza maior. Não somente os homens são capazes de falar de sexo com as mulheres, mas os homens de vinte e poucos anos e mulheres de trinta e poucos anos podem se envolver numa conversa que os leve direto para a cama – uma combinação explosiva há muito exaltada pelos romancistas e cineastas franceses, mas curiosamente negligenciada na terra das oportunidades. Mesmo assim, ninguém (de qualquer idade) parece imune o suficiente à mania do desempenho. Depois de nossa sociedade ter, coletivamente, decidido que o sexo é aceitável, se não ótimo, sem amor, parece ter substituído o desideratum do amor sem fim pelo desideratum da ereção sem fim. Quando o sexo se torna tão competitivo quanto o jogo de tênis ou a bolsa de valores, certamente alguma qualidade essencial foi perdida.

O meu homem perfeito, então, não é um escravo do desempenho. Não pergunta, na cama: ”Como estou indo?” Não sofre um ataque de nervos se não consegue empinar uma noite, e é seguro o bastante para saber que é amado por sua inteligência e seu humor e não apenas pelo seu pênis.

Que outra qualidade ele tem? Generosidade, ternura, tolerância ao errar de vez em quando, um senso de humor, o reconhecimento em saber que o melhor sexo acontece quando os parceiros são companheiros e compartilham fantasias um do outro. Ele não precisa ser rico; sua generosidade pode tomar a forma de fazer ovos Benedict numa manhã de domingo, cortar a madeira para a lareira ou enviar-me rosas quando me sinto deprimida. Não é crítico; não fecha o punho por tolices – como as manobras erradas que eu faço na estrada ou a maneira como guardo os enlatados enfileirados no armário da cozinha. É bem maduro para saber que a vida é muito curta para se brigar por pequenas coisas. Não toma meu carro emprestado e o destrói; ele me massageia as costas, se eu tive um dia difícil. Não corre a trepar com a minha melhor amiga se o estou negligenciando porque tenho de terminar um trabalho, e sabe se divertir alegremente, não vingativamente, quando estou viajando a negócios. Adora crianças e cachorros, mas não tenta usar minha filha para me conquistar (meu cachorro é uma coisa totalmente diferente). Não exige que lhe seja fiel se ele não está preparado para ser também, e não se envolve em jogos sexuais com os quais não possa lidar (como me dizer que ficaria excitado se eu trepasse com o seu melhor amigo, e depois me castigar – ou me deixar – porque trepei com seu melhor amigo). Um homem honrado, que tem aquela qualidade obsoleta: integridade.
Ele não é ambivalente emocionalmente, assim você sabe com quem está lidando, e não culpa os outros por seus próprios medos e imperfeições. Este modelo existe? “Na realidade, o homem perfeito é Mel Diamond – um funcionário de uma lavanderia em Flatbush”, disse um amigo meu, “mas ele não quer que isto se torne público porque tem medo de ser violentado por um enxame de mulheres famintas”. (Se alguém que tenha o nome de Mel Diamond estiver lendo isto, fique certo de que a escolha do seu nome, pelo meu amigo, foi pura coincidência. Deite-se e aproveite o enxame.)

“O homem perfeito é alguém que você ama e que também a ama”, disse a psicóloga Mildred Newman.

“Se eu tivesse de citar uma qualidade”, disse a cantora e compositora Carly Simon, “diria que é um sentimento de alegria.”

“Não há tal coisa como o homem perfeito, e ninguém chega até mesmo perto disso”, disse Helen Gurley Brwn. “O único jeito de uma pessoa ser feliz é nunca nem mesmo tentar atingir a perfeição! É totalmente absurdo pensar que existe tal coisa. Tendo feito esta ressalva, direi que o homem perfeito é o que dá generosas gorjetas, não critica e não ligaria o ar-condicionado no inverno.”

“O homem perfeito está em contato com a sua vulnerabilidade e com seu amor; ele tem suavidade e ternura e não tem medo do seu lado feminino”, disse Diane Von Furstenberg. “Mas, você só o encontra quando não está olhando.”

Concordo com todas essas definições de perfeição. “A perfeição é terrível; ela não pode ter filhos”, escreveu Sylvia Plath em um dos seus poemas de Ariel. Ela estava aludindo, eu acho, ao fato de que a perfeição é definitiva, fechada e não deixa espaço para o crescimento. E certamente, quando procuramos pelo “homem perfeito” sabemos muito bem que acharemos a perfeição bastante inumana. Amamos as pessoas, essencialmente por sua humanidade; não por causa de sua perfeição, mas apesar de suas imperfeições. Um homem que fosse um “aristocrata perfeito” na aparência iria me horrorizar. Quando penso nos homens que mais amei, e nas coisas que achei mais afetuosas na aparência deles no auge da paixão, sempre me lembro de suas imperfeições; o dente da frente torto, as sobrancelhas inclinadas ou densas, olhos de cores ligeiramente diferentes. Até Quasímodo poderia ser amado se tivesse o cheiro e o estilo certos.

O que nos leva a uma das coisas mais imponderáveis da vida: por que o cheiro de alguém o excita enquanto o cheiro de outra pessoa o repele? É tudo uma questão de feromônios ou de decisões tomadas no DNA, antes que nossas mentes conscientes tenham sequer uma chance de considerá-las? (Feromônios são substâncias há muito conhecidas no mundo dos insetos e que agora começam a ser isoladas em humanos, e talvez expliquem as inexplicáveis atrações entre um indivíduo e outro.) Por isso, por que o toque de uma pessoa excita e a de outra não? Essas coisas me confundem mais e mais enquanto continuo a viver. Escolhi meus parceiros caprichosamente, ou mal, já que três dos meus casamentos provaram ser perecíveis. Ou escolhi mal? Será que foi somente porque escolhi companheiros de viagens diferentes para etapas diferentes da minha jornada, e por que o fato de ser escritora tornou essa jornada complexa e os companheiros de viagem não poderiam ser, necessariamente os mesmos? Esta última explicação bastante otimista me agrada mais do que a idéia de que estou para sempre destinada a fazer escolhas erradas e neuróticas.

Meu primeiro marido foi um colega de faculdade e pós-graduação, da época na minha vida em que meus estudos eram de suprema importância para mim. Líamos Shakespeare juntos na cama e mergulhávamos na história medieval, na literatura do século XVII e em filmes antigos. Fomos almas gêmeas num certo período de nossas vidas, mas depois, nossas almas mudaram. Meu segundo marido representou estabilidade, ordem e sanidade numa época em que eu estava mergulhando no meu inconsciente para compor meus primeiros poemas verdadeiros. Precisei dele para me puxar para cima quando sentia que estava sucumbindo à atração do abismo, e ele preencheu essa função muito bem. Uma vez que aprendi a fazer isso sozinha, seu papel tornou-se cada vez mais supérfluo e suas deficiências – sua falta de humor, em particular – cada vez mais aparentes.

Meu terceiro marido compartilhou comigo o desejo de ter uma criança, a paixão por criar uma vida, lendo e escrevendo romances enquanto criávamos nossa filha. Por um tempo fomos almas gêmeas, mas depois também nossas necessidades e nossas almas mudaram. Isto é um fracasso ou uma espécie complexa de destino? Prefiro pensar na última hipótese. Cada uma dessas escolhas teve a lógica peculiar na época em que foram feitas. O fato de que a união não pode durar não invalida, realmente, a escolha. Todos os três casamentos tiveram alegria. O terceiro teve seis anos de grande felicidade antes do terrível último ano de dor.

Talvez minha vida tenha sido mais complexa devido à bênção de tornar-me uma escritora célebre, uma figura pública, uma mulher a quem a mídia às vezes julga escandalosa. Mas, na essência, acredito que o meu destino (e as etapas de desenvolvimento através das quais o encontrei, ou fui por ele encontrada) não tem sido muito diferente do destino de outras mulheres da minha geração.

Criadas para acreditar que precisávamos dos homens como figura paternal, crescemos para um mundo onde tivemos de assumir fardos que as nossas mães pensariam ser masculinos: ganhar a vida, administrar dinheiro e impostos, para não falar em remover a neve com a pá e trocar os pneus do carro. Achamo-nos mais capazes de educar os homens do que encontrar homens que possam nos educar. Criadas para acreditar que somos fracas (com necessidade de ajuda masculina), desenvolvemo-nos cada vez mais fortes. Os homens em nossas vidas, descobrimos, dependiam muito mais de nós do nós deles. Começamos por procurar papais e acabamos por encontrar filhos. Estávamos prontas para desfrutar as delícias desse tipo de relacionamento, mas vimos, também, que isso não vinha sem a etiqueta de preço. O que nos iludiu mais freqüentemente foi o encontro de parceiros verdadeiros.

Nessa odisséia de procurar pais e encontrar filhos tenho sido igual a muitas mulheres do meu tempo. Nos meus vinte anos, no início da minha carreira, casei com a figura de um pai; nos meus trinta, já bem estabelecida na carreira, senti-me livre para escolher um homem meramente por seu “senso de alegria”. Quando mesmo isso provou ter seus próprios problemas, hesitei e fiquei solteira por oito anos. Ainda considero esse período como o mais importante da minha vida. Quando me casei novamente, estava pronta para um parceiro verdadeiro e casei-me com alguém que viera a considerar meu melhor amigo. Foi um casamento diferente de outro qualquer que eu tivesse feito. Ele continua a crescer por caminhos imprevisíveis.

Penso que é comum para as mulheres de vinte anos, especialmente ambiciosas, empenhadas na sua carreira, casar com homens menos por sua sexualidade e joie de vivre do que pelas qualidades paternais de sustento e apoio. Uma vez que se realizam profissionalmente, entretanto, zombamos dos compromissos que fizemos com o pai e queremos companheiros, almas gêmeas, rapazes bonitos, jovens sensuais, sem atentar se eles podem ou não apanhar a bandeja do almoço ou vão se lembrar de telefonar quando dizem que vão. Alguns cínicos vêem isso como papéis trocados, as mulheres tomando as prerrogativas que os homens tiveram por anos, mas eu vejo como um desenvolvimento lógico da emancipação crescente da mulher. Durante séculos as mulheres não tiveram escolha a não ser vender sua sexualidade pro status social. Agora que podemos ganhar nosso próprio status social, nossa sexualidade torna-se muito preciosa para nós e não uma coisa a ser trocada.

“Isso significa que as mulheres têm sua própria versão da dicotomia madona/prostituta?”, pergunta-me Nancy Friday quando discuto essa teoria com ela. Tem de ser sempre um ou outro? Quisera saber. O homem perfeito deveria certamente combinar o rapaz bonito e o papai seguro, mas, Deus do céu, esta combinação raramente aparece. “O tipo de homem que compra um seguro de vida nunca é muito divertido na cama”, diz minha amiga, a romancista Fay Weldon.

Ah, mas desejamos que eles sejam! Na verdade, a maioria das mulheres de sucesso optarão mais por joie de vivre e sex appeal do que por um seguro – podemos comprar nosso próprio seguro de vida – mas cada relacionamento prolongado ainda requer segurança tanto quanto um senso de alegria. Há problemas com todos os relacionamentos que não se baseiam na verdadeira igualdade; mais cedo ou mais tarde a parceria desigual tem de tornar igual, ou se acaba. (Se, por exemplo, uma mulher se envolve com um homem mais jovem ou menos bem-sucedido, ou ele tem de crescer para tornar-se um parceiro adequado para ela ou ao relacionamento perecerá.) Alguns dos casos de amor mais bonitos parecem condenados desde o princípio, e, talvez, o seu sabor venha da sua brevidade, mas é mais fácil, apesar disso, fazer as coisas durarem com um verdadeiro parceiro.

Mas onde se acha um verdadeiro parceiro? Durante anos desesperei-me procurando eu própria por um. Nesta etapa evolutiva das relações entre sexos, as mulheres aprendem muito mais com o seu modo de vida do que a sociedade permite que os homens o façam. Ainda uma subclasse, as mulheres têm todos os quesitos de uma subclasse: um senso de humor autodepreciativo que destrói qualquer imponência; uma visão da superclasse do traseiro para cima, digamos assim; uma perspectiva social que somente um outsider pode ter. Todas essas coisas nos obrigam a crescer. Este é o esterco no qual nossas rosas florescem.

Os homens, ao contrário, continuam a constituir uma superclasse – como prova o fato de se considerarem não uma classe, mas simplesmente, representantes da humanidade. Eles ainda tendem a ser protegidos pelas mulheres, por mães avançadas, e são privados da chance de ter sua imponência arruinada. Alguns homens excepcionais superam esta situação, mas muitos não o fazem; eles simplesmente, deslizam na rotina que a sociedade preparou para eles e seguem seu caminho, como cegos. É claro que estão confusos com a força e a liberdade femininas, e é claro que são vulneráveis – mais vulneráveis, de certa forma, do que as mulheres. Mas não viram todo o seu mundo virar de cabeça para baixo nesta geração. A sexualidade feminina pode surpreendê-los, mas a sociedade na qual eles vivem é amplamente regida pelos membros do seu próprio sexo.

Não quero absolutamente sugerir que um gênero ou o outro teve uma época difícil devido às revoluções feminista e sexual – mesmo porque essas revoluções ainda estão incompletas. Ambos os sexos foram sacudidos até o âmago, e ambos os sexos foram atordoados por choques. Se é o homem ou a mulher que sofre mais, esta não é a questão. Isto sequer pode ser determinado, eu acho. Mas por vários motivos, as mulheres têm sido forçadas a ter alguma perspicácia na sociedade, perspicácia indisponível para todos exceto para os homens mais empáticos, artísticos e inteligentes. Assim, é terrivelmente difícil para a maioria das mulheres da minha geração encontrar o verdadeiro parceiro. Não parceiros de cama, não parceiros divertidos, mas homens que compartilhem igualmente conosco os fardos, e que também possuam aquela qualidade de alegria que Carly Simon e eu prezamos.

Ah – o sonho do verdadeiro parceiro. Ele é, afinal de contas, “o homem perfeito”. Nós o achamos? Ou o treinamos? Deixamos crescer nos nossos jardins ou importamos da Lua? E se o acharmos, ele ficará maluco aos vinte e cinco ou entra em depressão aos trinta, ou trepará com baby-sitters aos quarenta? Podemos amá-lo sem o mimar? Podemos fazer exigências a ele sem que ele nos abandone? Podemos encontrar um equilíbrio entre dar e receber? Podemos receber tão graciosamente quanto damos?

Nosso analista nos diz que as respostas estão dentro de nós, que quando estivermos prontas o homem perfeito aparecerá misteriosamente. Tudo isso me parece muito otimista. Conheço mulheres que estão prontas há anos; tão prontas e tão autoconfiantes que julgam os homens por padrão de perfeição impossíveis de serem encontrados – e, finalmente, se acostumaram a viver sem parceiro. Elas até descobriram que gostam disso. A viagem permanece a mesma, mas os companheiros de viagem mudaram. O verdadeiro parceiro iludiu-as por tanto tempo que elas pararam de procurá-lo.

Pensei que tivesse desistido de encontrar o homem perfeito, mas nunca desisti realmente. Ajustei, simplesmente, meu conceito de perfeição. Quando comecei a entender que eu tinha falhas de caráter, senti-me à vontade para ter um parceiro que também as tivesse.

O homem perfeito é, afinal de contas, aquele que vê o melhor em você e que a mantém como sua amante ideal, mesmo quando você enfraquece. Por que ele ama tanto quem você é quanto o que você pode vir a ser, sua visão a ajuda a tornar-se mais verdadeiramente você. À medida que via se sentindo mais segura do amor de seu parceiro, você generosamente reflete o melhor dele também.

Costumava ficar intrigada com as coisas que acabam com os relacionamentos. Agora sou fascinada pelo que lhes permite continuar. Um casamento que se mantém está sempre em metamorfose. O homem perfeito transforma a mulher perfeita. Eles se conhecem por seu desejo de transformação.









(O homem perfeito. Capítulo de "O que as mulheres querem?” - Erica Jong)



Tuesday, March 06, 2007

PAUL JOHNSON

março 18, 2004
PAUL JOHNSON

OS PETARDOS DO HOMEM QUE NUNCA FOI A UM SHOW DE MÚSICA POP,NUNCA ASSISTIU A UM JOGO DE FUTEBOL E SE RECUSA A VER NOVELA DE TV
Defensores da mentalidade politicamente correta,tremei.Paul Johnson vem aí.Os fãs da fera o consideram um dos mais brilhantes historiadores britânicos.Os detratores ficam horrorizados quando lêem os freqüentes petardos que ele dispara contra,por exemplo,a arte moderna.Colunista da revista Spectator,colaborador do Daily Telegraph,Paul Johnson pode ser acusado de tudo,menos o de ser um historiador pouco ambicioso : depois de escrever “A História dos Judeus”,mergulhou na fundo tarefa de produzir “A História do Cristianismo”,recém-lançado no Brasil.
Paul Johnson é um caso clássico de intelectual que nunca teve medo de nadar contra a corrente. Minorias que se julgam perseguidas devem ou não ser criticadas ? Devem,sim,responde a Fera do Tâmisa. Picasso é um grande artista ? Não é não – brada Johnson,autor de um livro de ensaios chamado “To Hell With Picasso” (algo como “Que Picasso vá para o Inferno”).Picasso – garante ele - não passa de um stalinista que apoiou um regime totalitário. A flexibilidade de conceitos morais é uma conquista do pensamento do século XX ? Não é,nunca foi nem poderia ter sido – rebate o impaciente Johnson.O relativismo moral –diz ele - é uma praga que faz os ingênuos acreditarem que não existe nada que seja absolutamente condenável.

Aos 73 anos de idade, conservador assumido,crítico feroz da arte moderna,pintor nas horas vagas,religioso praticante e alpinista amador, Johnson é um polemista profissional. Faz parte de uma tribo minoritária: a dos intelectuais que não temem dar opiniões aparentemente fora de moda, fora de lugar e fora dos manuais de “bom comportamento” ideológico.Johnson já foi chamado de reacionário, direitista, manipulador, antiquado, intransigente, preconceituoso: é uma espécie de Paulo Francis às margens do Tâmisa.Horrorizado com o que chamava de “sociedade filistina”,Paulo Francis disse uma vez que se sentia “tecnicamente morto” em meio à vulgaridade generalizada.O incômodo que Francis sentia deve ser igual ao sentimento de inadaptação que abastece a ira de Johnson contra a mediocridade,as nulidades e a empulhação.

As universidades, tidas por tantos como templos intocáveis do saber, se transformaram em centros de intolerância, irracionalidade, extremismo e preconceito. São fábricas de ignorantes, uma empulhação custosa, na avaliação devastadora de Johnson.Orgulha-se de jamais ter-se dado ao trabalho de ver um show de música pop ou um jogo de futebol. Opiniões assim renderam a ele uma farta coleção de críticos e detratores. Mas ele não parece disposto a dar trégua.

Paul Johnson vem se ocupando da morte de Deus, o grande fato que não aconteceu no século vinte. Grandes tragédias do século XX, como o extermínio de seres humanos em escala industrial nos campos de concentração, poderiam ter contribuído para abalar a fé dos homens em Deus. Mas Paul Johnson diz que a ocorrência de tragédias terminou, paradoxalmente, reforçando a fé. Os descrentes procuraram proteção e consolo na idéia de Deus, porque o culpado de tudo é, como sempre, o homem.
"Ao contrário do que se esperava – festeja Johnson -, este não foi o primeiro século do ateísmo".
Quando o século XIX acabou, todo mundo esperava que a ciência iria tomar, de uma vez por todas, o lugar da fé. O avanço do conhecimento científico destruiria a idéia de que um Deus,seja qual for, existe. Um século depois,essa previsão falhou.
Nesta entrevista,feita em Londres,a Fera do Tâmisa ruge contra a mentalidade politicamente correta,a arte moderna e o relativismo moral.
Gravando !

GMN : Qual foi o pecado capital do século XX?
Paul Johnson :
“É o que chamo de relativismo moral : a negação de que haja valores absolutos.Acontece que há coisas que são absolutamente certas e outras que são absolutamente erradas,sim !. O relativismo moral afirma –pelo contrário - que todo bem ou todo mal é relativo.Todos os valores seriam relativos,portanto.
Vejo o relativismo moral sob toda maldade totalitária e todo tipo de pecado do século XX. Precisamos voltar -acho que já estamos voltando- a cultivar valores absolutos”.

GMN : O senhor diz que já não há uma idéia absoluta sobre o que é errado e o que é certo.Pode dar um exemplo do que é certo e do que é errado,no mundo de hoje ?
Paul Johnson :
“O exemplo mais comum é o da sexualidade humana. A maioria das pessoas da minha geração - que viveu a década de trinta - foi educada para acreditar que havia certos e errados absolutos na sexualidade humana. É um fato que o relativismo moral esconde e ofusca.Crianças de hoje não aprendem que há certos e errados ! Aprendem que devem fazer o que os outros fazem. Isso é relativismo moral ! É um grande mal. Devemos lutar contra ele”.

GMN : O senhor se declara um combatente na guerra das idéias.Qual foi a pior e a melhor idéia política do século XX?
Paul Johnson :
“A pior idéia - que começou antes da Primeira Guerra,ainda por volta de 1910 - é a de que o Estado faz as coisas de uma maneira melhor do que os indivíduos. Mas há poucas coisas em que o Estado é melhor que o indivíduo. A verdade é que a idéia de que o Estado age bem é a pior de todas. Aprendemos agora esta lição.A melhor idéia é a seguinte : sempre que possível, os indivíduos devem ser deixados sós para fazerem o que puderem com os próprios recursos. Quanto maior a liberdade, maior a justiça, maior a eficiência e maior a felicidade humana.
O Brasil é um desses países que têm um futuro incrível.Chegará a esse futuro,dourado e glorioso,se acreditar mais em liberdade individual e menos no Estado”.

GMN : Por que o senhor diz que a mentalidade politicamente correta é uma nova forma de totalitarismo?
Paul Johnson :
“Não gosto que venham me dizer como pensar,que palavras e expressões devo ou não usar.Para mim, esta é a origem do totalitarismo. Hoje,o totalitarismo vem começando de novo,no campus das universidades,nos Estados Unidos,sob o disfarce politicamente correto. Temos de lutar – muito ! - contra este fenômeno,antes que o totalitarismo disfarçado de posições politicamente corretas se estabeleça de verdade”.

GMN : Quanto o senhor pagaria por um quadro de Picasso? Por que o senhor é tão rigoroso na hora de julgar mestres da arte moderna, como Picasso e Cézanne?
Paul Johnson :
“A arte precisa ter um propósito moral. Acontece que nunca pude detectar qualquer propósito moral claro na obra de Picasso. Era um homem perverso e imoral.Não vejo,em nenhuma de suas obras,um esforço para mostrar a arte com um propósito moral.Tal esforço é a essência do grande artista. Então,desconsidero Picasso completamente”.

GMN : A obra mais famosa de Picasso, "Guernica", é uma denúncia contra a violência do totalitarismo. Por que é,então,que o senhor diz que não havia nenhum sentido moral na obra de Picasso?
Paul Johnson :
“Porque Picasso não lutava contra o totalitarismo ! Picasso não era comunista : era stalinista ! . Ficou do lado da União Soviética totalitária,durante quase toda a vida. É um escândalo ! Não acreditava na liberdade, exceto para si próprio”.

GMN : O senhor diz que a religião aprendeu a absorver todos os impactos da ciência. Agora que até seres humanos podem ser criados em laboratório, o senhor acredita que a fé religiosa vai sobreviver?
Paul Johnson :
“A rapidez no avanço da ciência, especialmente nas ciências da vida – aquelas que afetam os seres humanos – vem tornando a religião mais importante do que nunca. Porque,em cada estágio do avanço da ciência,devemos trazer Deus à discussão. Devemos dizer: "Isso é moral? É Justo? É algo que se encaixa no plano divino para a Humanidade? Ou é algo que vai contra ele?". O fator "Deus" na ciência é,hoje,mais importante do que nunca”.

GMN : Um astronauta, que é um homem da ciência, diz que procurou sinais de Deus numa viagem pelo espaço, mas não encontrou nada. Que argumento o senhor usaria para convencer este astronauta de que,por trás do vazio do espaço,existiria um Deus?
Paul Johnson :
“Quando nos deparamos com um evento científico supremo, o modo de reagir a ele é uma questão de imaginação. Quando Robert Oppenheimer viu a primeira Bomba H explodir, em Alamos, ele citou Bhagavad Gita: "Eu me tornei a morte, o destruidor de mundos". Um homem pode ver algo miraculoso ou científico,sem que tenha reação alguma. Se ele for um homem de grande imaginação, pode ter uma enorme reação. Quando,a bordo de um avião,a cerca de doze mil metros de altura,vejo o amanhecer,esta cena,para mim,é uma revelação da existência de Deus.De qualquer maneira,não preciso estar no espaço para fazer esta constatação. A maioria das pessoas,igualmente,não precisa : basta que tenham imaginação para que Deus venha à tona”.

GMN : O senhor consegue irritar as feministas e os esquerdistas com suas opiniões. Os dois são seus inimigos prediletos?
Paul Johnson :
“Não sou,certamente,um inimigo das feministas. Sou pró-mulher : acredito que o século XXI será o século das mulheres. Dei palestras em Londres para milhares de senhoras japonesas : disse que elas têm o dever de tomar o poder que hoje parece disponível para elas no Japão – que era uma sociedade muito machista. Sou muito a favor das mulheres. Quanto à esquerda, não gosto de dividir pessoas em setores rígidos - esquerda e direita. Posso até dizer que sou radical - especialmente nas questões femininas,por exemplo.O meu ponto de vista é o de que todos os assuntos devem estar abertos à discussão. Não estou do lado da esquerda ou da direita : estou do lado da razão e da justiça”.

GMN : Por que o senhor diz que a esquerda tenta deixar os outros deprimidos? O senhor tem tomado Prozac?
Paul Johnson :
“Não estou de forma alguma deprimido! O século XX foi,como um todo, um fracasso horrível. Mas aprendemos muitas lições. Aguardo ansioso pelo século XXI. Não estou nem um pouco deprimido : penso que vai ser um grande século. Tenho uma imensa confiança : previa-se que Deus desapareceria da vida das pessoas.Mas Deus estará forte e vivendo nos corações de bilhões de homens, mulheres e crianças. É uma constatação que me torna o contrário de um deprimido: eu estou otimista”.

GMN : Se é verdade que a idéia de Deus sobreviveu, quais são os três argumentos que o ssenhor usaria para convencer um ateu a acreditar em Deus?
Paul Johnson :
“A primeira razão é a verdade. Deus existe - e a verdade é mais importante do que tudo. A segunda é a felicidade: com Deus,estamos mais felizes, mais satisfeitos, mais seguros do que sem Deus. A terceira razão : sob o ponto de vista puramente social, um mundo em que Deus fosse amplamente acreditado e respeitado seria um mundo muito mais seguro e melhor”.

GMN : O senhor diz que o ex-primeiro ministro britânico John Major é um político de segunda categoria. O senhor compraria um carro usado de John Major?
Paul Johnson :
“Quando estou viajando no exterior,sempre me pergunto : “Tenho ou não orgulho de ser inglês ?". Quando Margaret Thatcher era nossa primeira-ministra,eu achava que tinha orgulho de ser inglês.Andava de cabeça erguida em qualquer país.Quando John Major estava no governo,eu andava encolhido. Não tinha orgulho de ser inglês. O que espero é que,com Tony Blair,eu possa andar de cabeça erguida como fazia com Margaret Tatcher.É um homem de personalidade,dono de convicções fortes.Crê que há coisas que são certas e há coisas que são erradas sob o ponto de vista moral.É um homem religioso : acredita que crenças religiosas podem ser transformadas em ações políticas. É jovem, idealista, vigoroso”.

GMN : O senhor - que é um conservador - hoje apóia o Partido Trabalhista, na figura de Tony Blair. Por que essa mudança?
Paul Johnson :
“Não acredito muito em partidos políticos.Não sou um homem que tenha fé em partidos.Não estou,portanto,preocupado com o Partido Trabalhista ou com o Partido Conservador.Acredito em líderes.Se o político é um bom líder,com fortes convicções morais,força de vontade e senso de justiça,para mim não faz diferença se ele ou ela é trabalhista ou conservador.Thatcher – líder do Partido Conservador - tinha esses atributos.Por essa razão,eu a apoiava.Por ter também esses atributos,o trabalhista Tony Blair merece o meu apoio.O que eu busco é uma liderança”.

GMN : O senhor diz que a moda é uma conspiração de costureiros para ver até onde eles podem forçar as mulheres a fazer macaquices. A moda é um sintoma da decadência?
Paul Johnson :
“Não há nada de novo nesse fenômeno.A “alta moda de Paris” existe desde 1850 : é um século e meio de vida.Os estilistas –principalmente porque,na maioria,são homossexuais - sempre transformam as mulheres em macacas.Acham que as mulheres aceitarão o que eles fazem.As mulheres - não apenas as ricas - compram as roupas oferecidas pelos estilistas.Há coisas idiotas.Como essas roupas são fabricadas em massa – e levadas às lojas - não apenas as mulheres ricas,mas também as mulheres comuns,usam o que esses estilistas produzem.As mulheres é que escolhem.Ninguém faz uma mulher vestir roupas idiotas se ela não quiser”.

GMN : Quem será a próxima vítima de Paul Johnson ?
Paul Johnson :
“Quero levar ao Parlamento uma lei de privacidade que impeça a mídia de invadir a privacidade alheia.Ingleses e americanos não têm essa lei.Quero que a Inglaterra tenha”.

GMN : É possível resumir o Século em uma só palavra?
Paul Johnson :
“Não em uma palavra, mas em uma frase: "O Século XX foi um desastre total,suavizado pela capacidade humana de aprender lições da História".
(1997)

Paul Johnson por Paul Johnson :
“De todas as calamidades que se abateram sobre o Século XX,além das duas guerras mundiais,a expansão da educação universitária nos anos cinquenta e sessenta é a mais duradoura.É um mito a crença de que as universidades são o berço da razão.São o abrigo de todo tipo de extremismo,irracionalidade,intolerância e preconceito;um lugar onde o esnobismo intelectual e social é propositadamente instilado e onde professores passam para os estudantes os seus próprios pecados de orgulho”.
“A nova forma de totalitarismo – a Mentalidade Politicamente Correta – é,inteiramente,uma invenção universitária”.
“O que me provoca reflexões sombrias é a lembrança de todo o desperdício produzido pelo modernismo.Perdemos duas gerações – meio-século- na busca pela feiúra.Talentos da pintura,desenho e escultura se perderam”.
“Nunca fui a um concerto de música pop ou a um jogo de futebol,nunca acompanhei novela de TV,nunca vi “A Ratoeira” ou “E o Vento Levou”,nunca concluí a leitura de “Em Busca do Tempo Perdido”,nunca li a revista “The Economist” ou “Time Out”,nunca tive um carro,nunca passei do limite da conta bancária,nunca compareci a tribunal.Ninguém nunca me ofereceu drogas,convidou-me para uma orgia ou me vendeu um contraceptivo.Jamais tive a menor vontade de possuir um quadro de Picasso,ter uma Ferrari,vestir um Armani ou morar em Aspen”.
“Jamais matei um peixe, caçei uma raposa ou esmaguei uma aranha – se bem que,uma vez,tentei esmagar uma tarântula no Recife”
“Já fiz Charles de Gaulle se benzer,Churchill chorar e o Papa sorrir”
“Considero-me um típico inglês do meu tempo,classe e idade,cujos pontos-de-vista,simpatias e antipatias são compartilhadas com multidões.Posso estar errado a esse respeito.Quando perguntada o que pensa sobre mim,minha mulher Marigold respondeu : “Difícil”.

(Trechos de “To Hell With Picasso”;Editora Weidenfeld & Nicolson,Londres)
Posted by geneton at março 18, 2004 12:53 PM

Subscribe Now: standard

Powered By Blogger